Novo Aeroporto De Lisboa Projecto

Falando na abertura da Conferência, Paulo Campos considerou que 'é preciso perceber quais são os factores críticos para uma boa localização de um aeroporto' e manifestou o empenhamento do Governo em 'encontrar a resposta mais adequada para o país'. O secretário de Estado considera que a localização periférica permite que Portugal funcione como uma interface entre os continentes europeu e americano.

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Projecto do novo aeroporto de Lisboa é atractivo para os capitais privados
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Novo aeroporto de lisboa project.org

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O mesmo especialista defende uma estratégia flexível de desenvolvimento do aeroporto de Lisboa, de acordo com as necessidades do transporte aéreo, para evitar que sejam 'comprometidos prematuramente recursos financeiros'. Paulo Campos sublinhou que o projecto do governo tem 'uma flexibilidade bastante significativa', apontando para uma capacidade inicial de 25 milhões de passageiros por ano, o que é adequado na fase inicial, e podendo posteriormente adaptar-se às necessidades. Afirmou que o ano de 2007 poderá fechar com 13 milhões de passageiros na Portela e quando abrir o novo aeroporto a procura estará provavelmente acima de 17 milhões. Relativamente a suspeições de que o governo aceitou um novo estudo mas pretende manter a opção pela Ota, Paulo Campos disse que o processo do novo estudo é 'muito claro e transparente' e defendeu que a opção Portela+1 traz um reduzido acréscimo de capacidade em relação ao que existe agora. Para aquele membro do governo, uma análise dos sistemas aeroportuários revela que não há muitas cidade com mais que um aeroporto, só naquelas 'em que justifica em termos económicos e pela sua dimensão'.

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O secretário de Estado das Obras Públicas, Paulo Campos afirmou hoje que 'todos os estudos são conclusivos' em que o novo aeroporto de Lisboa 'é atractivo para os capitais privados e fornece remuneração adequada'. Falando à margem da conferência internacional sobre as mudanças da indústria aeroportuária, organizada pela Associação de Pilotos de Linha Aérea, ANA e ISEC - Instituto Superior de Educação e Ciências, Paulo Campos sublinhou que 'várias empresas já manifestaram interesse em participar neste projecto' e investirem nele 'largos milhões de euros'. Paulo Campos respondia a perguntas dos jornalistas sobre a análise de um investigador da universidade norte-americana MIT, que considera o novo aeroporto de Lisboa como 'um risco considerável para os potenciais investidores privados'. Admitindo que o modelo de financiamento previsto 'tem uma transferência muito clara dos riscos para os privados', Paulo Campos acentuou no entanto, que o projecto 'é atractivo para os capitais privados'.

No que diz respeito ao Estado, o secretário de Estado considera que a construção do novo aeroporto 'não põe em risco' as políticas de contenção orçamental, porque limita a '425 milhões de euros em oito ou nove anos', as verbas públicas a despender. O modelo de financiamento do novo aeroporto de Lisboa, orçado em cerca de 3 mil milhões de euros, conta com 600 milhões de euros de fundos públicos, dos quais 175 milhões de euros assegurados por fundos comunitários. A análise do investigador do MIT Richard de Neufville, divulgada hoje pelo jornal Público, afirma que o projecto de aeroporto na OTA tem um 'risco considerável' para os potenciais investidores e considera que há uma incerteza significativa quanto ao futuro do tráfego aéreo de passageiros em Portugal. O investigador do MIT afirma que aeroportos secundários portugueses subutilizados podem ter um potencial de crescimento interessante devido às necessidades das 'low cost' (companhias aéreas de baixo custo) e admite a oferta de infra-estruturas aeroportuárias dedicadas a este segmento.

Quando no início da minha actividade profissional adquiri algumas noções sobre irreversibilidade de um projecto de investimento, essa irreversibilidade era definida em termos de percentagem dos trabalhos de investimento já realizados, em relação aos programados, não em termos do valor dos estudos preparatórios já concretizados ou dos anos consumidos na preparação. Economista, Mestre em Administração e Políticas Públicas, Doutor em Sociologia Política. Exerceu actividade em Gestão Pública, Recuperação de Empresas, Auditoria e Fiscalização e foi docente no ISE e no ISG. Investiga em História Contemporânea.

December 28, 2022, 7:38 pm

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